“O Homem nasceu para
ser livre” Jean Jacques Rousseau
Na época da 'chamada' ditadura...
O Brasil tinha pouco mais de “90 milhões em Ação” e a corrupção empurrada pra
debaixo do tapete. A violência era do estado contra a cidadania, e ainda
não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos ter o INPS como plano de saúde e morrer a
míngua nos
corredores dos hospitais e o pior esse era um país de famintos e miseráveis.
e mesmo assim não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o
governo autoritário, repressor, sabia quem era conivente com ele e quem lutava
pela liberdade, aqueles que apresentavam
outra versão, eram subversivos e/ou terroristas
e jamais, poderíamos falar mal do Presidente.
O “assédio sexual”, era legitimado, afinal o que era a
violência “banal” contra as mulheres ante as atrocidades cometidas contra
mulheres militantes estupradas, contra jovens assassinados e a cidadania
cotidianamente violada
e nunca, podíamos falar mal do Presidente.
Na época da ditadura, não se escondia o racismo e a
homofobia, pois o “regime” era de natureza autoritária, de cunho racista e
homofóbico.
mas , jamais podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do
expediente, sem correr o risco de ser preso por estar “alcoolizado” e produzir
um trânsito dos mais violentos do mundo,
e nunca, podíamos falar mal do Presidente.
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de
taturanas, podíamos devastar as nossas matas, destruir a Amazônia com a
transamazônica, sem que isso constituísse crime ambiental,
Mas jamais, podíamos falar mal do presidente.
Tínhamos uma segurança aparente, um estado policial,
que sequestrava, assassinava e violentava
e ainda, não podíamos falar mal do presidente.
Hoje podemos falar mal do Presidente, do congresso, da
grande mídia que deforma e não informa,
do judiciário aparelhado pelo imperialismo americano, da plutocracia que
vivemos,
Hoje ainda posso escrever esse texto e veicular
livremente meu pensamento,
Viva a democracia popular!
